Eu sou dono de uma pequena padaria. Não somos famosos, mas pagamos as contas. Na última terça-feira, uma mulher entrou. Ela segurava a bolsa com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Ela olhou para a vitrine por muito tempo—tempo demais. Ela apontou para o menor cupcake simples de baunilha que tínhamos. 'Só essa, por favor', ela sussurrou. 'Você poderia... Você poderia colocar uma velinha nela? É o aniversário de 6 anos da minha filha.' Olhei para os sapatos dela. Elas estavam molhadas. Estava chovendo lá fora, e ela tinha vindo até ali. Olhei nos olhos dela. Com borda vermelha. Eu conhecia aquele olhar. É o olhar de um pai que precisa escolher entre aluguel e festa. 'Desculpa', eu disse, colocando minha melhor cara de atuação. 'Na verdade, eu tenho um problema enorme. Vê esse bolo de chocolate de 8 polegadas com cobertura de unicórnio?' Ela olhou para o bolo caro no balcão. 'Meu novo decorador estragou tudo', menti. 'A cobertura é... Uh... irregular. Não posso vender. Eu estava prestes a jogar no lixo. Você me faria um favor e tiraria isso das minhas mãos? Sem cobrança. Isso me poupa da culpa de desperdiçar comida.' Ela me encarou. Ela sabia. A cobertura estava perfeita. Ela começou a chorar, bem ali na frente da bandeja de croissants. 'Tem certeza?' ela perguntou. 'Por favor,' insisti. 'Você está me fazendo um favor.' Ela saiu com um bolo que custaria $65, segurando-o como se fosse ouro. Ontem, encontrei um cartão deslizando embaixo da minha porta. Era um desenho de uma menina de 6 anos. Um unicórnio com um grande sorriso. E em letras trêmulas de giz de cera: 'Obrigada por fazer minha mamãe feliz.' O melhor lucro que tive este ano.