GM 🎞️ Momentos do Desconhecido. 181 5 de Outubro às 17:56 no Porto, Portugal Link na bio para fazer uma oferta nesta obra!

Camila encontrou-me na estação de comboios através de um amigo em comum da comunidade NFT. Ela é uma ilustradora digital e estava a mostrar-me algumas das suas animações. Na altura em que nos conhecemos, ela estava a terminar o seu cartão de meme. Passámos o dia juntos a passear pela sua cidade natal. Começando pelos famosos azulejos azuis que foram elaboradamente desenhados como um mural para edifícios municipais, igrejas e estações de comboios. Há algo sobre essa combinação de cores azul e branca que nos para em seco e nos tira o fôlego. A mesma sensação quando se pisa pela primeira vez nas áreas urbanas de Portugal e se vê os níveis de detalhe e paciência que compõem as estradas e passeios. Milhões de pequenos azulejos que formam as vias e passeios com os seus intrincados desenhos mapeados por toda a cidade. Por toda a parte que se olha é arte, a alvenaria é requintada quando se começa a notar as pequenas coisas que trazem alegria à cidade. Camila levou-me às suas áreas de arte de rua favoritas com murais e graffiti. Subimos a um beiral com vista para a estação de comboios principal para ver o pôr do sol lentamente. A luz a atingia de forma tão bonita, parecia uma cena de filme. Na verdade, era, uma vez que estávamos a fazer um filme não convencional através de retratos de pessoas nos seus lugares! A luz e o brilho criam este brilho celestial. Pode-se saborear a luz sem ser ofuscado pelo sol. A lente da câmara é proteção, enquanto o filme absorve o calor da exposição. Um equilíbrio perfeito e harmonia entre vidro e química. Como é que cientistas e artistas descobriram isso há centenas de anos? Uma realidade espelhada, e uma que está em movimento. O cinema é magia. Mostra-nos o que acontece ao longo do tempo através da luz e da ação. É por isso que são chamados de atores? Camila e eu continuámos o nosso caminho para ver o pôr do sol de uma perspetiva mais elevada, uma das vistas mais bonitas da cidade. Era o que parecia um castelo em ruínas que se transformou num jardim urbano pelos locais. Reciclando e reutilizando o espaço em novos, enquanto honra as antigas arquiteturas. Vimos as flores a florescer e a comida a crescer enquanto a luz descia do céu. Barcos a passar e vendo de uma perspetiva de águia, o que havia do outro lado? A noite caiu sobre nós. Descemos pelas estradas em espiral para encontrar uma bifurcação onde cada um de nós começou a ir para casa. Mas antes de o fazermos, Camila e eu atravessámos o que gosto de chamar de ponte de Eiffel. Um marco colossal que conecta dois lados da cidade, projetado e construído pela equipa de Eiffel. O tipo que construiu a torre Eiffel vertical. Construiu uma ponte horizontal que se estende em duas partes da cidade. Os locais chamam-lhe Ponte Maria Pia. Camila estava a ficar irritada porque eu continuava a chamá-la de ponte de Eiffel. A única coisa que notei sobre Portugal que realmente admiro é que as cidades adotam e integram elementos de outras cidades. Como a ponte de Eiffel de Paris, a escultura de Cristo do Brasil e a ponte Golden Gate de São Francisco. Para partilhar ideias e implementá-las. Há algo de honroso em trazer para casa um pedaço de outro lugar ou cultura. Para fazer com que se sinta que o mundo é um só através do que as pessoas construíram em todo o globo. A beira de uma cidade a criar inadvertidamente paz mundial através da arquitetura? Gosto de pensar que sim. Vamos continuar a partilhar ideias e a honrar as visões uns dos outros. Onde todos nos sentimos em casa em qualquer lugar que vamos.